segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um único lar... Temos que saber viver nele


Por muito que ande ausente...
Há causas pelas as quais levantarei sempre a voz.

Preserva o teu lar, pois é o único que tens.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Estado do futebol Português

Não tencionava, após uma longa ausência, surgir com um post sobre futebol. Mas durante o dia, no meu local de trabalho, fui obrigado a ouvir as imensasr e variadas opiniões durante todo o santo dia, que no final já não tinha paciência nenhuma para ouvir nada relativamente ao confronto que opôs Sporting e Benfica para a final da taça da liga, no passado sábado, dia 21.

Mantive-me sempre calado apenas a ouvir os argumentos que cada pessoa esgrimia à espera que se chegasse a uma conclusão, pois bem... agora fica aqui o meu pensamento.

É óbvio que o Benfica foi beneficiado, num erro crasso cometido pelo árbitro. Erro esse, muito duvidoso e de fácil discussão. Jogadores do Sporting afirmam que o auxiliar deu a indicação ao árbitro principal de que não havia grande penalidade. O que eu acredito, uma vez que, ambos estiveram a falar cerca de 2 minutos sempre com as mãos à frente da boca e também a mim me faz um pouco de confusão essa peripécia.

Em suma o Benfica foi beneficiado, claramente. Mas é necessário ter atenção...!

O Sporting não perdeu por este crasso erro do árbitro. Quanto muito, viu-se mais uma vez na posição de empatado e com menos um jogador. O Sporting apenas saiu derrotado pela falta de inspiração dos seus jogadores e de uma grande noite de Quim, aquando das grandes penalidades. Indago-me se haveria este alarido caso o Sporting levasse a taça para casa.

Outro reparo é à atitude da parte do jogador Pedro Silva. É fácil aceitar a sua reacção e a sua indignação que uma pessoa a "quente" sente que foi injustiçada por um juízo errado de uma acção sua que, por sua vez, contribuiu fortemente para o insucesso da sua equipa, no entanto, é preciso perceber que ele é um profissional e é pago para também lidar com situações de stress no seu local de trabalho.

Isto seria a mesma coisa que eu apresentar um projecto às minhas chefias e elas me transmitissem que o meu trabalho estava errado, quando eu saberia que não estava, e eu começasse a partir todo o material que estaria nas redondezas.
Compreende-se a atitude mas não se pode aceitar.

E sinceramente, cada vez mais, o futebol Português me desilude. É uma aglomeração de factos que me desanimam e me fazem perder o interesse pelo desporto rei no nosso país.

É toda a nuvem de corrupção que paira sobre ele, todas as polémicas que são mal resolvidas e nunca ninguém tem coragem para tomar um pulso firme e punir algo ou alguém. São as polémicas sobre a arbitragem, sobre as afirmações deste e daquele e depois para quê...?

Para assistirmos a jogos como o que decorreu no sábado? Na minha modesta opinião o jogo foi mau, muito mau, de qualquer uma das equipas. Entediou-me, muito sinceramente.

Se querem ver jogos de futebol a sério que vejam a liga Inglesa ou Espanhola, aquilo sim são jogos. Hinos ao futebol.

Sinceramente sinto-me bastante desiludido com o rumo do nosso futebol, é um aglomerar de situações que me deixam perder o interesse por um deporto que tanto gosto e do qual eu já fui atleta.

Enfim, depois da tempestade a bonança virá. Assim esperamos...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Cemitérios de sonhos

Daqui contemplo a cidade, daqui distingo tudo o que ela contém.
Desde sítio olímpico, vejo as atitudes das pessoas e racionalizo as minhas. É neste momento que a razão se sobrepõe ao meu sentimento.

Se Chelas é o berço para o Sam, este é o meu cemitério.

É aqui que percebo que muitas das vezes a minha vontade e o meu querer são de boa índole mas talvez o modo de agir e os meu comportamentos aos olhos de outras pessoas são apenas "devaneios", meras indisposições e chamadas de atenção.

Terão elas razão? Será isso mesmo que me motiva?

Quero pensar que não! Quero pensar que a forma como me comporto é porque gosto de o fazer e quero fazer, no entanto, elevo a fasquia dos expectativas do retorno e quando isso acontece morro por dentro, meu coração entristece.

Indago que se calhar devo alterar certas características minhas para eu viver bem com o mundo e o mundo viver bem comigo. Indago também se perdê-se um pouco do meu querer, um pouco da minha vontade, da minha impetuosidade, da minha impulsividade, da minha falta de humildade, no fundo um pouco da minha essência, se não ganharia na harmonia de um seio.

Transformaria rebeldia em passividade, alegria em ponderação, espiríto de liderança em cobardia. Será que ganharia mais desta forma?

Houve alguém que me disse que a "originalidade poderia transformar-se em solidão", nunca concordei tanto com esta afirmação como agora, aqui, neste local, a esta hora, olhando lá em baixo para a falta de originalidade que vejo nas pessoas.

Singularidade não representa bondade, não representa maldade, mas no entanto... é discriminada.
E assim morre um dos príncipios que mais aprecio e que mais dou valor...


... Desci agora à cidade das pessoas. Sinto agora o seu cheiro, passando a meu lado à beira rio e chego a uma só conclusão.

Nada vou mudar! Parq quê? Se tudo o que sou é o quero ser?

Não importa que seja um lobo solitário, não me importa do que as pessoas pensem das minhas atitudes e o quanto as critiquem. Não me importa do que elas pensam, do que elas me acusem. Cheguei á conclusão que tudo o que faço é o que sinto e isso não pode estar errado. Luto pelo meu espaço de afirmação como um grito mudo, nada mais!

Continuarei a amar as pessoas que amo, mas amarei mais e com mais força a minha pessoa. Desta forma, não importa o que eu sinta... não importa o que digam... pois tudo terá um equilíbrio.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Desabafo #10

Ambos fizemos contas à vida e tu concluíste que me terias de esquecer...

Eu calculei que te tinha perdido porque jamais conseguiria sair daquela ilha em que me encontrava. Ia morrera ali, completamente só.

A única solução que me restava era determinar como e quando, por isso fiz uma corda. Subi ao cume mais alto de uma árvore para me enforcar, mas quando tive a coragem para me lançar, com o peso do meu corpo o ramo da árvore partiu. Portanto, nem me podia suicidar como eu pretendia.

NÃO TINHA O CONTROLO DE NADA.

E foi então que tive uma sensação boa, como um cobertor. Percebi que de uma forma ou de outra, tinha de me manter vivo. De algum modo... tinha que continuar a respirar, ainda que não houvesse esperança.

O meu raciocínio dizia-me que nunca mais veria este sítio. Por isso, foi o que eu fiz... mantive-me vivo, continuei a respirar.

Mas um dia o meu raciocínio caiu por terra porque a maré subiu e trouxe-me uma vela e agora estou cá. Voltei e estou a escrever isto. E no entanto voltei a perder-te. Estou tão triste por não te ter, mas estou feliz contigo, por teres estado comigo naquela ilha.

E sei o que tenho que fazer agora... Tenho que continuar a respirar, porque amanhã o sol voltará a nascer...

E quem sabe o que a maré pode trazer?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009, mais um ano que promete

Para todas as pessoas que às 12 badaladas tiveram o acto altruísta e que alguns dos seus desejos albergavam semelhantes seres de outras províncias mundiais, e que enquanto o fogo de artifício já rebentava no céu nublado (pelo menos no de Lisboa), introduziram o conceito de PAZ no meio de um leque de outros desejos inocentes, lamento informar mas... ainda não é desta.

Ainda mal passou 5 dias do novo ano e já se assiste a uma guerra, na já conhecida Faixa de Gaza, que se adivinha vir para durar.

Bem sei que a paz depende de todos nós, e em todas as acções da nossa vida, mas no entanto, sempre haverá forças neste mundo que nunca poderemos controlar. Enfim, uma chatice. Se ao menos eu tivesse o poder de decidir à escala terrestre, pelo menos 1 semana.

Assim, para o próximo ano sugiro que poupem um desejo, pois saberão que haverá sempre alguma força, algum poder político, alguma organização, algum grupo rebelde separatista, algum crente radical que acredita que a melhor maneira de chamar a atenção para as causas que defende será chacinar um quantos milhares de inocentes.

O método é sempre o mesmo, a técnica da força sobrepõe-se sempre à força da técnica, e nunca ninguém se lembra que as palavras são as armas poderosas do mundo.

Enquanto nada mudar nesta crosta terrestre, os meus desejos são:

  • ser o mais simples possível;
  • escutar mais que falar;
  • ser o mais tolerante possível;
  • observar o mais que puder;
  • não perder a esperança de acreditar;
  • agir e não adiar.

Feliz 2009