quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Daelim S1 125 fi

Ao contrário do nosso ministro Mota Soares, que parece que se rendeu a comodidade dum Audi de 86 mil euros à custa duns apertos do povo Português, eu cá não faço questão de não largar a minha rica Daelim S1 125 cc.
Hoje perfiz 3500 Km com ela e confesso que estou bastante contente com a decisão de substituir todos os outros métodos de transporte por esta "lambreta", que se comporta muito bem.
Há inconvenientes inevitáveis como por exemplo, o tempo, mas é uma coisa que se habitua ao fim das primeiras vezes de baixo de chuva, adquirindo o equipamento impermeável e com uma condução mais cautelosa.
Esse ponto torna-se quase insignificante quando verificamos os consumos, ou mesmo a rapidez que nos colocamos no destino que pretendemos, ou mesmo a facilidade de a estacionar sem ter que nos preocupar com os feijões verdes que andam "sempre à coca" a ver se colocamos a moedinha nos parquímetros.
Não estou nada arrependido com o investimento que fiz, uma vez que, ao fim de 5 meses e meio já começo a rentabilizá-lo.
Senão vejamos, o passe que adquiria mensalmente custa hoje em dia 46,10 €. Ora, este montante dá para eu encher cerca de 4 depósitos na minha scooter, o que me permite percorrer aproximadamente uma distância de 1075 km (reparem que eu ao fim de 5 meses e meio é que perfiz 3500 Km), pois por cada tanque cheio (12 €) eu faço cerca de 280 Km. Como podem perceber, eu gasto pouco mais de 12 € por mês porque apenas utilizo a minha princesa para me deslocar para o trabalho e para ir ter com os amigos, aos fins de semana.
Nem me vou dar ao trabalho de comparar os gastos mensais caso eu me deslocasse de automóvel. Como podem prever seria um intervalo abismal entre os dois meios de transporte.
Relativamente ao facto de ter adquirido uma marca que é praticamente desconhecida em Portugal, sendo uma marca branca Sul Coreana. Foi uma aposta ganha! A Daelim S1 é a mota do ano na vizinha Espanha 2 anos consecutivos, só isso quer dizer alguma coisa.
O desempenho da mota agrada-me bastante e deixa para trás a praga das Honda's PCX 125 que hoje anda pelas ruas de Lisboa. E isto não é desdém para as PCX's, até porque sei que têm o motor de qualidade Honda e um consumo mais baixo. Mas sinceramente acho que fiz muito bem na poupança de 700 € aquando da compra.
Em suma, tomei uma decisão que me está a deixar bastante feliz, esperamos que assim se mantenha. Até à data 5 estrelas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pensamentos #1

As fantasias de um Homem apenas são travadas pela vontade de uma Mulher. O Homem como sapiente que é publicita, o mais possível, as mesmas. Quanto as mais publicitar, mais normal uma Mulher as vai achar, e por sua  vez, mais receptividade terá.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desabafo #11

Com todos os meios de comunicação que dispomos hoje em dia e, uma vez que, me encontro inserido numa equipa operacional de informática, irrita-me que a informação não seja partilhada para todos os elementos de uma orgânica hierarquizada, como a de uma grande empresa.
É lamentável que se chegue a um determinado local e nos deparemos com uma situação que nos condiciona fortemente o nosso trabalho, cuja não tínhamos qualquer tipo de conhecimento.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sonhos quebrados, esperanças perdidas...

Sinto-me cada vez mais revoltado. Sinto a raiva a crescer dentro de mim.

Sei que num cargo de chefias e administração é sempre necessário tomar decisões de coragem que vão gerar ondas de insatisfação e contestação em minorias, e neste caso, numa maioria.

Também compreendo que o problema não é apenas do presente, mas sim de um passado que remonta até ao restauro da democracia a 25 de Abril de 1974, mas que, tenhamos consciência, se agravou num presente bastante recente.

Na actualidade, paga-se uma factura de anos de má gestão das finanças públicas, de uma política de importação e de pedido de ajudas a uma União Europeia que adora impor directrizes no nosso país, como se nele governasse.

Não estou a dizer que não seja necessário fazer alguns sacrifícios, mas se é obrigatório fazê-los, há que haver uma maior igualdade na distribuição dos mesmos. Não pode haver repetição de pedidos de sacrifícios aos mesmos contribuintes. Esta factura tem que ser paga por todos, mas quem tinha a responsabilidade de a pagar era os que mais contribuíram para ela.

A parcela que menos tem capacidade para suportar esta despesa foi a que foi incutida a ir nos enganos e nos incentivos ao endividamento que a banca quase impôs ao Povo Português. E o Povo Português foi no engodo procurando ter sempre uma vida acima das suas capacidades. Agora digam-me quem é mais culpado? E digam-me, a mim, que culpa tenho eu desta tão dura factura, uma vez que, nunca contribui um empréstimo. No entanto, vejo-me obrigado a ser solidário com todos os meus compatriotas que tiveram pouca visão e que não têm a mesma noção de gestão do seu capital, resultando no governo cortar-me 4 ordenados e meio nos próximos 2 anos e 3 meses.

Revolto-me e tenho receio, também, pelas medidas que estão a ser tomadas para o futuro de Portugal. Receio que não sejam as correctas.

Não sou nenhum economista, e também não sou nenhum engenheiro de finanças. A única gestão que faço é a do meu ordenado, que tenho que esticar durante o mês inteiro e até que tenho conseguido alimentar-me e ainda consigo chegar com algum no final do mês, por isso, até que não devo ser assim tão mau, mesmo sem experiência nenhuma.

Confesso que me sinto preocupado com estas medidas implementadas, porque na minha opinião, se o intuito é estimular a economia do nosso país, estas mesmas decisões não vão de encontro às expectativas esperadas. Senão vejamos, com tanto corte realizado, escalada no aumento dos preços, inclusive, de bens necessários, com o aumento dos impostos, cortes nas pensões, qual é o estímulo ao consumo?

O efeito irá ser o contrário, as pessoas irão retrair-se cada vez mais, vão poupar as suas economias o mais possível, cortar no supérfluo e tentar consumir apenas o indispensável.

Com estas medidas vão também aparecer novos problemas sociais. O desemprego já é um problema actual com números astronómicos, o aumento da criminalidade disparará, a emigração, uma vez que, as pessoas irão procurar melhores condições de vida para o estrangeiro, o que vai levar a mais desertificação do interior do país.

Caros governantes do meu Portugal, Roma e Pavia não se fizeram num dia (como diz o Povo) … Em Portugal existe o “culto do desenrasca”, o que é um erro comum e crasso. Este culto de se tomarem decisões com receitas a muito curto prazo nunca é o melhor para os interesses do nosso país, e as grandes empresas é que ficam com os “bolsos cheios” e um enorme poder sobre os bolsos dos Portugueses.

Sou jovem, e quero ser estimulado, quero que apostem em mim. Quero poder ter a oportunidade de ter a capacidade financeira para suportar a renda de uma casa. Quero deixar os meus pais gozar a sua reforma merecida, depois de anos de descontos para a caixa de aposentações. Quero deixa-los gozar a sua “velhice” sem terem que se preocupar com as minhas capacidades financeiras. Quero ser autónomo. Quero ter a oportunidade de constituir família, contribuir para a evolução do nosso país, mas receio que assim me estão a “cortar a pernas” e que nunca vou sair da minha zona de conforto e vou-me deixando estar, esperando que as coisas melhorem, deixando-me morrer e entediando a “velhice” e a paciência dos meu pais.

“É preciso sair à rua, é preciso esta insubordinação, esta revolta.” – Mia Couto in Jornal de Notícias, 16-10-2011.