terça-feira, 27 de maio de 2008

Diário de uma viagem que nunca fiz #2

O dia de hoje foi um prolongamento de ontem. Nada de novo contribuiu para atribular ou apaziguar o meu estado de alma inerte.
No entanto, hoje certos pensamentos giraram-me a cabeça milhares de vezes... O que é que eu posso esperar de uma pessoa como Tu?
Ora aí está uma pergunta, para a qual eu não tenho a resposta, e se calhar não será assim tão mau de todo. Na verdade, poderá acarretar consequências más, situações pelas quais tanto atrito criamos ao passar por elas, situações estas às quais nos agarramos com afinco quando queremos que as coisas pura e simplesmente PAREM!!!!!
Mas... como uma moeda tem dois lados, e do outro lado, estão todas as atitudes de uma pessoa que sente que tudo aquilo que ambiciona poderá estar em risco, e pensa que alterar o seu comportamento e acções poderão salvar o quer que seja.
Não sei, perdi-me no tempo com algumas destas questões, em que nada de concreto se pode concluir, mas como me acho uma pessoa sensata, pelo fim do dia cheguei a um consenso comigo mesmo.
Nada nem ninguém é um dado adquirido na nossa vida, todos os dias deveremos conquistar um bocadinho mais o que ambicionamos algum dia vir a ter. No entanto, e por mais estúpido que seja, não creio que a minha afirmação se aplique a nossa situação...
Contraditório? Confuso? Talvez!
Mas repara... tudo o que fui e aquilo que sou não poderás mudar. Aquilo que serei poderás "moldar", mas mesmo assim, não me vais substituir os ímpetos inertes que tanto entranhados me estão no SER. E se foi assim que cativei assim o teu interesse porque razão agora terei eu que mudar? Não será isso hipocrisia?
Mais uma vez, te relembro, eu sou aquilo que sinto, sempre foi assim a minha visão perante este caminho, já me magoei, já sofri, já tropecei e já caí, mas sempre me levantei.
Isto não quer dizer que esconda o que sinto, ou me esquive da razão, isso seria contra natura. Apenas o vou sentir para mim, sem grandes alaridos, sem grandes eventos, apenas eu e as minhas entranhas a fervilharem.
Gostaria muito que participasses no percurso da minha vida, no entanto, como tantas vezes te disse e que depois quase me esqueci, a VIDA continua, e não vou cair no mesmo erro que tu, o da perspectiva do NÃO. Isso não sou eu (risos).
O meu ciclo quebrou-se... mas não inteiramente!

1 comentário:

Double I disse...

As pessoas não se julgam pelo quanto as fazem sofrer, mas sim pela maneira como elas reagem a este sofrimento...
És muito mais do que aquilo que te têm feito...